Câncer de pulmão

Câncer de Pulmão: sintomas, diagnóstico e tratamento

O câncer de pulmão é uma doença complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É fundamental entender seus sintomas, métodos de diagnóstico e opções de tratamento para promover uma abordagem abrangente e eficaz no combate a essa condição. 

Neste artigo, exploraremos os principais aspectos relacionados ao câncer de pulmão, desde os sintomas iniciais até as opções terapêuticas. Conhecer os sinais de alerta precoces pode permitir um diagnóstico mais rápido, enquanto compreender as opções pode ajudar os pacientes a tomar decisões informadas em conjunto com os médicos. 

Como começa o câncer de pulmão?

O câncer de pulmão tem origem nas células do tecido pulmonar. Mais especificamente, pode se desenvolver nas células que revestem as vias aéreas (carcinoma de células escamosas) ou nas células que produzem muco (carcinoma de células glandulares), conhecido como adenocarcinoma. 

Esses tipos de câncer de pulmão são denominados câncer de pulmão de não pequenas células, que é o tipo mais comum. 

Há também um tipo menos frequente chamado câncer de pulmão de pequenas células, que começa nas células que revestem os brônquios e tende a se espalhar mais rapidamente. 

Quais os sintomas de câncer nos pulmões?

O câncer de pulmão pode apresentar uma variedade de sintomas, embora alguns deles possam ser sutis ou confundidos com outras doenças respiratórias. 

É importante estar atento aos sinais de alerta e buscar atendimento médico o quanto antes, em caso de qualquer suspeita. Isso porque, como qualquer outra doença, será mais fácil combatê-la no início.

Alguns dos sintomas mais comuns do câncer de pulmão são:

  • tosse persistente ou que piora ao longo do tempo;
  • presença de sangue no muco ou expectoração;
  • falta de ar ou dificuldade em respirar;
  • dor no peito;
  • rouquidão persistente;
  • perda de peso sem explicação;
  • fadiga intensa;
  • pneumonias ou infecções respiratórias recorrentes;
  • inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço

É importante ressaltar que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e não são exclusivos do câncer de pulmão, podendo estar relacionados a outras condições pulmonares ou mesmo a diversos outros problemas. 

Portanto, é fundamental consultar um médico para uma avaliação adequada caso haja preocupação com esses sintomas. Um diagnóstico precoce aumenta as chances de um tratamento eficaz e oferece melhores resultados para os pacientes.

Como é feito o diagnóstico de câncer de pulmão?

O diagnóstico do câncer de pulmão envolve uma série de procedimentos e é realizado por uma equipe especializada.

Geralmente, segue as seguintes etapas:

Avaliação dos sintomas

O médico faz uma entrevista detalhada para entender os sintomas relatados pelo paciente. 

Além disso, serão considerados fatores de risco, como histórico de tabagismo, exposição a substâncias cancerosas e o histórico familiar de câncer.

Exames de imagem

São realizados exames de imagem, como radiografias de tórax, tomografias computadorizadas (as famosas TC) ou ressonância magnética (RM) para visualizar os pulmões e as possíveis lesões. 

Esses exames fornecem informações sobre o tamanho, localização e extensão do tumor, auxiliando no estadiamento da doença – explicaremos esse conceito adiante.

Biópsia

Para confirmar o diagnóstico de câncer de pulmão, é necessário obter uma amostra de tecido pulmonar para análise patológica. Isso é feito por meio de uma biópsia, na qual uma pequena porção de tecido é removida do pulmão. 

Existem diferentes métodos de biópsia, como biópsia por agulha, broncoscopia, mediastinoscopia ou cirurgia torácica, dependendo da localização e do tamanho da lesão.

Análise patológica

A amostra de tecido obtida na biópsia é enviada ao laboratório para análise patológica, que ajuda a determinar o tratamento adequado e o estágio da doença.

Estadiamento

Com base nos resultados dos exames de imagem e da análise patológica, é feito o estadiamento do câncer de pulmão. 

O estadiamento determina o tamanho do tumor, se ele se espalhou para os linfonodos ou outros órgãos, e se existem metástases, também contribuindo para a escolha das opções de tratamento mais apropriadas.

Causas e fatores de risco do câncer de pulmão

É impossível apontarmos uma única causa ou fator para o câncer de pulmão, já que deriva da união de diversas características, tanto genéticas quanto ambientais.

O fator de risco mais conhecido e significativo para o desenvolvimento do câncer de pulmão é o tabagismo. A exposição ao tabaco, seja através do hábito de fumar cigarros ou mesmo da inalação de fumaça de outras pessoas, é responsável por cerca de 85% dos casos da doença. 

Fumar introduz uma série de substâncias químicas tóxicas nos pulmões, como as conhecidas carcinogênicas, que danificam as células pulmonares e aumentam o risco de desenvolver câncer.

Além do tabagismo, outros fatores de risco incluem a exposição a agentes carcinogênicos presentes no ambiente de trabalho, como asbesto, radônio, arsênico, sílica e produtos químicos industriais. 

A poluição do ar também desempenha um papel importante no desenvolvimento do câncer de pulmão, especialmente em áreas com altos níveis de poluentes atmosféricos.

É evidente que não podemos deixar de fora o histórico familiar, predisposição genética, doenças pulmonares prévias, como enfisema ou fibrose cística, e a exposição à radiação ionizante, como radioterapia no peito.

É importante ressaltar que, embora o tabagismo seja a principal causa do câncer de pulmão, existem casos em pessoas que nunca fumaram, o que indica a influência desses outros fatores de risco. 

Compreender e evitar esses fatores é fundamental para reduzir o risco de desenvolvimento da doença. 

Como prevenir o câncer de pulmão? 

É fundamental que trabalhadores expostos a esses agentes cancerígenos utilizem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para minimizar o risco de inalação de substâncias nocivas. Os EPIs, como máscaras respiratórias e roupas de proteção, formam uma barreira entre o trabalhador e as substâncias, reduzindo a exposição e protegendo a saúde pulmonar.

Nesse sentido, a Norma Regulamentadora 6 (NR 6) estabelecida pelo Ministério do Trabalho no Brasil tem como objetivo regulamentar o uso de EPIs. Ela estabelece as diretrizes e requisitos para a utilização desses equipamentos, incluindo treinamento e capacitação adequados para os trabalhadores. 

O treinamento na NR 6 é essencial para garantir que os trabalhadores entendam a importância dos EPIs, saibam como usá-los corretamente e estejam cientes dos riscos associados à exposição a agentes cancerígenos.

Ainda, é importante destacar a importância de programas de prevenção, como a cessação do tabagismo e a conscientização sobre a qualidade do ar, visando reduzir a incidência do câncer de pulmão e proteger a saúde pulmonar.

Informações podem salvar vidas

Depois de terminar este artigo, você já sabe que o câncer de pulmão é uma doença complexa que requer atenção e conhecimento para seu diagnóstico e tratamento adequados. 

Reconhecer os sintomas iniciais e buscar atendimento médico é essencial para um diagnóstico precoce, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento. Os avanços na tecnologia médica, como exames de imagem e análise patológica, têm contribuído para uma abordagem mais precisa na identificação e estadiamento da doença. 

Além disso, as opções de tratamento, que podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia, visam controlar a doença, aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

É importante destacar que a prevenção desempenha um papel crucial, evitando fatores de risco como o tabagismo e a exposição a agentes cancerígenos no ambiente de trabalho. 

Com o compromisso contínuo com a conscientização, prevenção e avanços médicos, estamos caminhando para melhorar a abordagem e o prognóstico do câncer de pulmão, oferecendo esperança e cuidado para todos os afetados pela doença.